Assim eu passo, como todos eles, lutando pra sobreviver a mais um fim de dia sem desconto, sem descanso, sem saída. A saudade aperta e então te busco, te grito em silêncio, te miro com o olhar perdido naquilo que eu não vi, e enfim te encontro escondido dentro de mim na vertigem de uma lembrança, no voar de um pensamento breve. Te contemplo. Me completo. Somos um.
As horas correm, o tempo passa, a noite se finda e com ela todos os seus afazeres. Corro, salto, quase voo em busca daquele que me aguarda. Só nos resta poucos minutos, uma hora talvez e nela temos que afogar toda a saudade contida, toda a espera cansada, todo o stress do dia. Seu peito é meu trono, meu colo é teu porto, meu quarto nosso mundo.
Te aguado, te vejo, te abraço e enfim um beijo. Mal podemos falar. Falta o fôlego, falta a calma, falta a coragem para se largar, nem que seja por um instante. A ausência que sentimos faz com que cada segundo junto necessite ser aproveitado em sua plenitude.
O tempo passou voando e quando se deram conta o relógio já anunciava a hora de partir, e partidos pela despedida separaram-se ainda relutantes na esperança de encontrar-se no dia seguinte
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Yane Cordeiro
17 de março de 2013.
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