quarta-feira, 9 de abril de 2014

Que seja normal o estranho 
e mais que estranho o normal. 

Que o dual sentido do perfeito 
não encontre espaço 
Ainda que no infinito. 

Que todo homem seja pleno 
em sua humanidade. 
E que assim sendo 
se disponha sempre a errar. 

Que a pedra por ti desviada 
não faça o outro tropeçar. 
Mas que antes enxergues tua falhar 
para em seguida a concertar. 

Que o eterno dure muito, 
e que o inconstante seja também frenético. 
Para que assim a angústia passe rápido 
como tudo que não tem espaço para durar. 

E por fim que a utopia tenha sempre 
vaga preferencial na mente dos louco. 
e que esses façam o mundo. 


Yane Cordeiro


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